Educadores em greve na Bahia ocupam <br> Assembleia Legislativa para forçar negociação

publicado em 31/05/2011 às 19h08: Servidores querem revogar corte feito pelo Estado no orçamento das universidades

Agência Estado

Um dia depois de a Justiça considerar abusiva a greve de professores e servidores das universidades estaduais da Bahia, iniciada há 57 dias, um grupo de cerca de 300 pessoas, entre docentes, funcionários e estudantes das instituições, ocupou na manhã desta terça-feira (31) a galeria dos ex-presidentes da Assembleia Legislativa do Estado, em Salvador.

Segundo os manifestantes, a intenção é permanecer no local pelas próximas 48 horas, para cobrar do governo a reabertura das negociações. 

Segundo a Justiça, os grevistas têm 48 horas, desde a manhã de hoje, para voltar às atividades, sob pena de multa de R$ 5 mil por dia, a ser paga pelo sindicato da categoria.

Os servidores cobram a incorporação aos vencimentos da gratificação de CTE (Condições Especiais de Trabalho) - 70% do salário-base - e a revogação do decreto que estabelece cortes nos orçamentos de diversas áreas, entre elas as das universidades baianas. 

O corte faz parte do plano de enxugamento do orçamento anunciado pelo governo baiano no início de fevereiro, que visa diminuir em R$ 1,1 bilhão os gastos da administração pública este ano.

Segundo o governo, a proposta para os professores é de reajuste de 18% nos salários, mais a correção da inflação. No entanto, as negociações só serão retomadas depois que a greve for encerrada. 

Cerca de 60 mil estudantes de cursos de graduação e de pós-graduação das quatro universidades estaduais baianas estão sem aulas - quase mil deles acampam nos campi das instituições.