Greve de técnicos tem adesão <br> de 13 universidades federais

publicado em 07/06/2011 às 11h01: Segundo sindicato, categoria pede reajuste do piso em pelo menos três salários mínimos

A greve dos técnico-administrativos de universidades públicas foi reforçada mesta segunda-feira (6) com a adesão de funcionários de 13 instituições. A Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras), que coordena o movimento grevista, ainda não sabe dizer, entretanto, o percentual de servidores parados.

A greve foi aprovada no último fim de semana em uma votação apertada durante plenária nacional da categoria, em Brasília. O sindicato pede que do piso da categoria seja reajustado em, pelo menos, três salários mínimos. De acordo com Léia Oliveira, coordenadora-geral da entidade, hoje o vencimento desses servidores é R$ 1.034.

- Temos o menor piso de todo o serviço público federal.

A entidade já tinha iniciado as negociações com o Ministério do Planejamento, mas segundo Léia Oliveira, não foi apresentada uma contraproposta às revindicações dos profissionais. Segundo ela, "o eixo principal da pauta é que haja uma garantia de previsão do reajuste da categoria na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] de 2012, que já está sendo trabalhada pelo governo.

Uma reunião com o MEC (Ministérios da Educação) e do Ministério do Planejamento estava marcada para esta terça-feira (7), mas ainda não foi confirmada. Léia afirma que "espera que seja uma negociação rápida”.

De acordo com a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), ainda não há informações de que o movimento grevista esteja afetando o funcionamento das universidades. De acordo com o secretário executivo da entidade, Gustavo Balduíno, os reitores não têm autonomia para resolver o problema, mas a Andifes procura intermediar a interlocução dos funcionários com o governo. 

- Esperamos que o governo abra o diálogo o mais breve possível, sabemos que a negociação estava indo por um bom caminho.

O Ministério da Educação (MEC) foi procurado pela reportagem, mas não se posicionou sobre o assunto. Para Balduíno, "os técnicos são muito importantes para fazer a universidade funcionar plenamente".

- Felizmente hoje a categoria tem uma maturidade para entender que o adversário não é a universidade, tampouco os alunos. Eles têm tido a prática de administrar o processo de forma a não trazer prejuízo ao ensino e à pesquisa.

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