
A DPU-DF (Defensoria Pública da União no Distrito Federal) entrou com uma ação na Justiça Federal para que sejam recolhidos das escolas públicas os 485 mil exemplares do livro "Por uma vida melhor".
A obra causou polêmica por defender o uso da língua com erros gramaticais na tentativa de estabelecer comunicação.
"Você pode estar se perguntando: 'Mas eu posso falar os livro?'. Claro que pode", diz um trecho. Ainda sim, o livro alerta que caso os alunos deixem de lado a norma culta podem sofrer "preconceito linguístico".
"Fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas."
Para o defensor público federal Ricardo Salviano, questões de sociolinguística não devem ser discutidas dentro da sala de aula.
- Escola é lugar onde se deve ensinar a norma culta. Se você diz que falar errado é aceitável, está prestando um desserviço à sociedade.
Uma comissão formada por professores da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) aprovou o livro "Por uma vida melhor".
Ao todo, 4.236 escolas escolheram o livro, a partir de informações que constavam no Guia do Livro Didático. Mas, para Salviano, isso não tira a responsabilidade do MEC (Ministério da Educação).
- Quem define as políticas públicas educacionais é o MEC, que tem responsabilidades, sim, sobre qualquer material encaminhado às escolas e financiado com verba federal.
- A quase totalidade das pessoas que criticaram o livro não o leram. Fazer uso político para atacar o Ministério e colocar essa profissional [Heloisa Ramos, uma das autoras] numa situação completamente injusta não me parece o caminho mais adequado pra discutir educação.
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