Universidades estaduais da Bahia <br>estão em greve há mais de um mês

publicado em 13/05/2011 às 12h15: Servidores da Estadual de Feira de Santana podem fazer uma assembleia nesta sexta

Há mais de um mês, os 60 mil estudantes das quatro universidades estaduais da Bahia estão sem aula. A greve dos professores reivindica do governo do estado, Jaques Wagner (PT),  a retirada de uma cláusula do acordo salarial 2010, que congela os salários por quatro anos, e a revogação do Decreto 12.583/11, que contingencia verbas no serviço público.

Na sexta-feira (6), após afirmar que não negociaria com a categoria em greve, o governo recebeu representantes dos professores e apresentou uma nova versão da cláusula. Em assembleia na manhã desta quinta (12), os professores da universidades públicas avaliaram que a nova redação não mudou o caráter impeditivo da cláusula e a rejeitaram, mantendo a exigência pela retirada de todo seu conteúdo.

Já está agendada uma reunião de negociação com o governo para a próxima segunda-feira (16), na Secretaria de Educação, às 14h, quando alguns professores farão uma concentração na porta da Secretaria.

Na Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) a greve também foi deflagrada pelos estudantes. Na Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana), os técnico-administrativos fizeram uma paralisação de dois dias (11 e 12 de maio) e avaliam em assembleia nesta sexta-feira (13) para a retirada de um indicativo de greve. Na Uneb (Universidade do Estado da Bahia) a greve dos professores foi iniciada mais tarde e está completando 17 dias.

Para pressionar o fim da greve, o governo cortou os salários dos professores da Uefs, Uesb e Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz) do mês de abril, mas a categoria continua em greve.

As negociações entre o governo e os professores pela incorporação da gratificação CET (Condições Especiais de Trabalho) ao salário base duraram mais de um ano. Os professores aceitaram o pagamento da incorporação de forma parcelada até 2014. No entanto, no dia da assinatura do Acordo o governo surpreendeu a categoria incluindo no documento a cláusula restritiva.