
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou nesta quinta-feira (12) uma proposta de reajuste salarial de 11% para professores e funcionários do Centro Paula Souza, autarquia estadual que administra as Etecs (Escolas Técnicas) e as Fatecs (Faculdades de Tecnologia).
Mas, o aumento não agradou a categoria. O Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza), que já cogitava uma paralisação, confirmou ao R7 que uma greve por tempo indeterminado começa nesta sexta-feira (13).
O início da manifestação será marcado por um ato que acontece às 14h de hoje no campus da Fatec São Paulo, localizada na avenida Tiradentes, nº 615, na capital paulista.
Mesmo assim, a proposta de aumento do governo será submetida à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) e, se aprovada, deve atingir mais de 17 mil profissionais, entre professores e servidores administrativos da instituição.
De acordo com a secretária-geral do Sinteps, Silvia Elena de Lima, o anúncio do governo de São Paulo só fez aumentar a adesão à greve. Ela diz ter o apoio de 70 unidades dentre as mais de 200 Etecs e Fatecs paulistas.
- Isso [11%] é uma miséria. Nossa perda está por volta de 100%. O reajuste teria que ser de pelo menos 15 % apenas para o período de maio de 2010 a maio de 2011.
A conta do Sinteps leva em consideração perdas acumuladas desde 1996. Pelos cálculos do sindicato, os professores têm de receber reajuste de 58% e os funcionários de 71%.
No entanto, de acordo com a proposta do governo que pode passar a valer a partir do próximo dia 1º de julho, o salário inicial para jornada de 40 horas passa de R$ 2.000 para R$ 2.220 para os professores das Etecs. E de R$ 3.600 para R$ 3.996 para os docentes das Fatecs.