“A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade, o Imperador, o Senhor D. Pedro 2º, faz saber a todos que (...) sancionou a lei seguinte: Art. 1.º - É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil”. Assim começa o texto da Lei Áurea, que foi aprovada há exatos 123 anos e aboliu o trabalho escravo.
O dia 13 de maio, que é controverso - os movimentos negros comemoram o 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares - foi o marco final de um processo de fim da escravidão que já caminhava desde o início do século 19.
Pensando em ajudar nos estudos para o vestibular, o R7 ouviu professores de cursinho e fez um breve histórico do fim da escravidão.
Miguel Castro, professor de história do COC, afirma que com a abolição os negros foram "abandonados" pela sociedade e acabaram assumindo subempregos, como faxineiros, ferreiros, cozinheiros e costureiros, entre outros. Para o professor, essa é uma das razões para ainda existir preconceito contra os negros.
- Libertos, mas sem instrução e condições que permitissem sua integração socioeconômica, os negros permaneceram à margem da sociedade. Os papéis desempenhados por eles refletem a condição de vida subalterna que o negro já teve e muitas vezes tem no cotidiano da sociedade brasileira.
Histórico da abolição
A campanha abolicionista só deslanchou em 1870, quando acabou a Guerra do Paraguai. O imperador havia prometido benefícios e liberdade para os escravos que lutassem a favor da monarquia.
A primeira norma que impunha de fato uma liberdade foi a Lei do Ventre Livre. Ela previa que todos os filhos de escravos nascidos após 1871 eram livres. No entanto, eles deveriam ficar sob a tutela do senhor do engenho até os 21 anos. Em 1880 começaram a surgir grupos abolicionistas ais organizados, além de uma imprensa voltada ao tema.
A Lei Áurea previa uma indenização para os senhores de engenho, mas nada para os escravos.
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